Era o ano de 1914. O Arcebispo de São Paulo era Dom Duarte Leopoldo e Silva, que em 02 de fevereiro de 1914, criou e confiou à Congregação Salesiana uma nova paróquia, no populoso bairro do Bom Retiro. Foi justamente a paróquia que traz o belo nome de “Nossa Senhora Auxiliadora”, ao lado de cuja sede havia de surgir logo, quase contemporaneamente, o Instituto Dom Bosco (1919).

Durante vários anos, os atos paroquiais, como batizados e casamentos, eram feitos no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, e isto precisamente até o dia 26 de maio de 1918, quando se inaugurou a primitiva capela, adaptada um pouco às pressas: originariamente tinha sido depósito de garrafas. Essa capela ficava mais ou menos, no lugar onde agora se ergue o majestoso Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora.

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O zeloso e popular Padre Domingos Minguzzi percorria continuamente sua extensa paróquia, visitava o seu povo, assistia os doentes, desdobrava-se em grande atividade.

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Desde o início, entenderam os Salesianos que, ao lado da igreja paroquial a ser construída, deveria surgir também um estabelecimento de ensino de caráter popular. O Padre Pedro Rota era de opinião que se deveria fundar no Bom Retiro um instituto de ensino profissional, para beneficiar a juventude deste grande bairro operário.

A Congregação Salesiana comprou um terreno à rua Afonso Pena, esquina da rua Três Rios para nele construir a nova matriz. Por seu lado, a Prefeitura da Cidade de São Paulo, tendo na devida conta os benefícios que havia de trazer ao povo o instituto projetado, cedeu na forma de comodato, uma boa quadra de terreno ao lado, sito à Praça Visconde de Congonhas do Campo (atualmente Praça Cel. Fernando Prestes).

Fundidas as duas idéias numa só – a igreja e o colégio – daí resultou a localização e o funcionamento conjunto das duas entidades que constituem a segunda fundação Salesiana nesta cidade de São Paulo. A primeira, é o Liceu Coração de Jesus, fundado por Dom Bosco em 1885, a pedido da Princesa Isabel. 

A construção do Santuário foi iniciada em 1923 e já 10 anos depois, feita a cobertura da igreja, começou servir ao culto do populoso bairro do Bom Retiro, formado em maioria pela população de origem italiana. Como foram corajosos os Salesianos em construir uma igreja tão grande e tão linda!

Não teve prolongada durabilidade a vida religiosa, em plena floração no princípio. Isto se deve a vários fatores de diferente natureza. Dois deles são principais: desmembramento da paróquia em outras comunidades paroquiais e a fuga da população para outros bairros, e ao mesmo tempo a chegada da população israelita que fez transformar o bairro em um centro, eminentemente industrial e comercial têxtil. Tirados os quartéis, os estabelecimentos de ensino, centros comerciais, altos prédios com imigrantes de outros ritos, ficou reduzida a população católica.

Hoje, tal situação se intensifica ainda mais com a concentração no bairro da população coreana, que ocupa aos poucos os espaços deixados pelos israelitas.

É também significativa a presença de paraguaios, bolivianos e peruanos que entre outros núcleos existentes em São Paulo é composta de uma população migrante, na maioria pobre, empregados e pequenos comerciantes.

No território confiado à paróquia e nos arredores, encontramos católicos, católicos de rito oriental (armênios), ortodoxos (gregos e russos), evangélicos, metodistas, presbiterianos, testemunhas de Jeová, judeus, muçulmanos, budistas, espíritas, grupos afro-brasileiro e indiferentes a qualquer credo. Um campo privilegiado para a ação ecumênica e do diálogo religioso.

Encontra-se também, a Capelania Polonesa que no primeiro domingo do mês celebram na própria língua.

No primeiro e terceiro domingo acontece a missa em espanhol para atender e reunir os grupos latino-americanos.

A Paróquia deseja manter sempre viva a devoção à Nossa Senhora Auxiliadora para a família Salesiana e o povo de Deus em geral.

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